quinta-feira, 10 de julho de 2008

Catirina que só quer comer da língua do boi...


"Meu bem eu cheguei agora
mais eu te peço
tu não vá chorar
Por favor, me dê a sua mão
Entra no meu cordão
Venha participar"


O bumba-meu-boi é um símbolo do nosso festejo junino e conta a história de Pai Francisco e de sua esposa Catirina que vivem na fazenda de um grande senhor.
A história começa com Catirina grávida e, como toda grávida que se preze, tem desejos. Coisa normal se não fosse apenas por um pequeno detalhe: ela tem o desejo de comer a língua de um boi – e não de um boi qualquer, mas a língua do boi preferido do patrão.
Pai Francisco fica no maior aperreio com a mulher pressionando dia e noite, se lamentando a todo instante, querendo comer uma língua do boi vistoso. Dessa forma, até a possibilidade de cometer o crime de machucar o boi preferido do patrão passa a ser considerada seriamente pelo pobre homem. Pai Francisco decide que vai abater o boi e tirar-lhe a língua para satisfazer o desejo de Catirina.
Na calada da noite,Pai Francisco audaciosamente rouba o boi preferido do patrão e o arrasta para um lugar. Prestes a concluir a matança e tirar a tão desejada língua do boi, Pai Francisco é descoberto por um capataz do patrão.
Pai Francisco é preso, mas tenta de todas as maneiras negar o mal-feito ao boi do patrão. Ele é intimado a dar conta do boi, sob pena de ser morto.
Para sorte de Pai Francisco, ele é figura muito querida, e por isso todos da fazenda se mobilizam para ajudá-lo a salvar o boi, que nesse meio tempo agoniza lentamente. São chamados de longe os pajés e os doutores, e depois de muito drama e incerteza, o boi é finalmente ressuscitado. A alegria é geral, contagiante: o boi está salvo e Pai Francisco também.

Em homenagem a esse feito, os cantadores tiram as mais belas toadas sobre a história do boi que tornou-se símbolo da cultura maranhense. E essa história termina nos arraiais, acompanhada de muita dança, bandeirolas, vatapá e baião.

Olha pro céu meu amor, vê como ele tá lindo...


...Olha aquele balão multicor, que lá no céu vai sumindo...


Mais uma da minha cultura maravilhosa. Traços e detalhes nordestinos. As vestimentas, os ritmos e as cores mostram que o São João do Maranhão é riquíssimo em cultura, história e muita beleza. O trechinho da letra acima é de Luiz Gonzaga e eu não poderia deixar de postar pois é uma letra linda que adoro. Acho que irás lembrar!!!

Olha Pro Céu

Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.

Luíz Gonzaga

Não importa a noite, de qualquer maneira nós vamos brincar...



Barra da saia da dançarina do Barriquinha, rendas e detalhes maravilhosos que compôe a cultura da minha terra.Beleza assim só se vê aqui. O Maranhão é o que há de melhor em termo de folclore. Se ainda não conhece, precisa conhecer.

"...Urrou, urrou, meu novilho brasileiro que a natureza criou”




Boi Barriquinha, típico da minha terra. O boi é composto apenas por crianças.Essa foto foi tirada no Arraial do Maranhão e tive a oportunidade de pegar o boizinho de frente,que foi uma grande sorte visto que o vaqueiro não parava quieto...Espero que gostem da minha cultura...bjus e esperem mais clicks!!!